Somente o Senhor é digno de toda adoração


Para nós que estamos aos pés de nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo, tal afirmativa não nos é estranha de forma alguma. Sabemos que somente Deus, o Deus triúno, é Quem deve ser adorado. Leiamos Dt 6.13: “Temerás o Senhor teu Deus, a ele prestarás culto e jurarás pelo seu nome” (Almeida Séc. 21). Temos este mandamento. Obedecemos ao claro testemunho bíblico de que somente Deus deve ser objeto de nossa integral adoração. Quando estava sendo tentado pelo diabo, Jesus citou a passagem acima, refutando as vis pretensões diabólicas de ser adorado como Deus é adorado. Todavia, vemos em meio a muitos pretensos cristãos, pretensos discípulos de Cristo, uma inversão do mandamento exclusivo: E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te para trás de mim, Satanás; porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás” (Lc 4.8 e também Mt 4.10).

“Porque está escrito.” Jesus deixou-nos exemplo ao citar as Escrituras diante da atrevida insinuação satânica e foi vitorioso: Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram anjos, e o serviam” (Mt 4.11). Esta deveria ser a atitude primordial de todo aquele que, confrontado com outro tipo de adoração, outro tipo de culto, conhecendo a Palavra de Deus, poderia citá-la e obedecê-la em sua inteireza para fazer frente às mentiras diabólicas. Em seus primórdios, a Igreja cristã mantinha uma pureza em sua prática de adoração. Seu culto era embasado na Palavra de Deus, de maneira que tudo aquilo que era estranho ao claro ensino escriturístico, era rechaçado. Os apóstolos e depois destes, os pais da Igreja, tiveram zelo suficiente para que fossem mantidas as balizas da ortodoxia.

E tudo isto em meio a severas perseguições e algumas ameaças à sã doutrina como o gnosticismo, por exemplo. Porém, a partir do ano 313 publica-se um Édito de Tolerância para que todas as perseguições contra os cristãos fossem banidas. Desta forma, em 323, quando Constantino torna-se de fato imperador romano, o Cristianismo torna-se inteiramente favorecido. É a partir de então que, de forma mais plena, se introduzem ensinos doutrinários errôneos. E a idolatria pagã assume uma forma, digamos, “cristianizada”. Isto aumentou e perdura até hoje, infelizmente, no seio da Igreja Católica Romana.

Mas Deus sempre teve os seus “sete mil que não dobraram os seus joelhos a Baal”. Assim, permaneceu no decorrer dos séculos uma semente de fiéis, que conservou a sã doutrina, mesmo em meio a oposições e feroz perseguição. Pois o verdadeiro crente em Jesus Cristo sempre há de conservar em sua memória as sãs palavras da Bíblia Sagrada: Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás” (Êx 20.3,45a).

A Reforma Protestante no século 16 pôde trazer à baila a exclusividade das Escrituras somente. Este evento reputamos como um agir de Deus de forma contundente sobre todos aqueles que, dizendo-se “cristãos” aceitavam passivamente a convivência em mesmo nível da Palavra eterna de Deus e tradições humanas e nocivas à vida, real comunhão e crescimento de todo discípulo de Cristo Jesus.

Considere isto hoje. Atenha-se ao que está escrito. Tenha a atitude correta de nosso Mestre, ao refutar as investidas do diabo usando unicamente a Palavra de Deus. Seja também como os judeus de Beréia (At 17.11), ou seja, examinavam as Escrituras avidamente procurando conferir se o que o apóstolo Paulo pregava conferia de fato com o ensinamento de Deus.

A falta de conhecimento da Bíblia produz muitos malefícios. A idolatria é somente um deles. Tenhamos um zelo redobrado em permanecer naquilo que está bem claro nas Escrituras do AT e NT.

Discípulo de Jesus, imite seu Mestre em tudo, principalmente em observar e guardar todo o conselho de Deus exarado na Bíblia. Adore somente ao Deus que subsiste plenamente em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (2 Co 13.14).

Que Ele o enriqueça plenamente com toda sorte de bençãos celestiais. Amém.

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