Paulo e o discipulado: Algumas lições (1)
A vida do apóstolo Paulo inspira-nos de muitas formas. Acredito que, sem menosprezarmos a qualquer outro dos apóstolos tais como Pedro ou João, vemos em Paulo a expressão quase perfeita do que seja um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo. Eu disse "quase perfeita" porque não poderemos presumir perfeição em qualquer sentido nesta vida. Mas, como disse o próprio Paulo em Fp 3.11,12: "Para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus." Paulo, desde sua conversão no caminho de Damasco (At 9) continuará sendo para todos nós, o grande exemplo de dedicação, zelo e amor à causa do Evangelho de Cristo.
Sua humildade foi notória desde o princípio. Submeteu-se aos Senhor e aos demais discípulos aos quais antes perseguira com feroz abnegação (At 8.1-3; 22.4,5; 26.9-11; 1Co 15.9; Fp 3.6; 1Tm 1.12,13). Nestas passagens, faz a humilde confissão de que perseguiu de fato a Igreja. E lemos que, do momento de sua conversão em diante, submete-se aqueles que antes intentara perseguir em Damasco: Ananias (At 9.10-18) e outros discípulos que ali viviam, que lhe foram companhia e lhe ajudaram a fugir da cidade por causa da perseguição que cedo já começava a ser alvo (At 9.19-25).
Fugindo para Jerusalém, tenta sem sucesso ajuntar-se aos discípulos que estavam ali, mas que não acreditavam em sua conversão a Jesus (At 9.26). Então surge a figura benfazeja de Barnabé. Este homem de Deus foi levantado para ajudar a Paulo em seus primeiros passos na fé. Pode-se afirmar que ele foi o discipulador de Paulo, alguém que lhe foi bem chegado, o texto de At 9.27, diz que Barnabé "tomou Paulo consigo" e muito ajudou-o. Levou-o aos apóstolos e testemunhou como Paulo vira o Senhor no caminho de Damasco e como nesta cidade começou a pregar ousadamente em nome do Senhor. Este Barnabé foi um discipulador ideal para o apóstolo Paulo, vejamos as características de Barnabé: segundo At 11.24, era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé e tinha o dom da exortação (v.23); era um homem liberal (At 4.36,37); era uma influência inspiradora (11.25,26); era homem de confiança (11.29,30); tinha visão missionária (13.2). Vemos claramente o caráter deste homem, quando em At 11.25 é dito que ele partiu para Tarso à procura de Paulo. Não era egoísta, compreendeu a chamada de Paulo para a obra de Deus e o potencial que possuía.
Quanto a Paulo, este sujeitou-se ao discipulado de Barnabé. Compreendeu que Deus levantara este companheiro fiel para ajudar-lhe em seus primeiros passos, muito embora na epístola aos Gálatas, Paulo afirme que o Senhor Jesus Cristo mesmo revelara o Evangelho por ele anunciado, ou seja, não fora Barnabé que lhe ensinara isto, mas o papel de Barnabé, foi de ser um companheiro em seus primeiros passos, cuidando de introduzí-lo no círculo dos apóstolos em Jerusalém, o que efetivamente ele o fez como já mencionado (At 9.27) e também na igreja de Antioquia, tornando-se ambos discipuladores daquela numerosa multidão que se convertia a Jesus (At 11.26).
Em próximas reflexões, veremos o que Deus continuou a fazer na vida de Paulo, o que para nós constitui-se, creio, em um verdadeiro manual de discipulado. A vida de Paulo é um exemplo tremendo de sujeição ao Senhor e encerra muitas lições preciosas para nós.
Continue conosco na próxima semana, Deus abençoe você em sua caminhada diária na fé em Jesus, submeta-se inteiramente a Ele como Paulo fez desde o princípio de sua conversão.
Com um sincero Shalom,
Cicero
Comentários
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Cicero Ramos